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Guerreira

Guerreira

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Simetria do abstrato

Talvez não saiba...
E por mim, jamais saberá.
Sempre desejei lhe ter.
No mais profundo do meu ser.
Na mais estúpida emoção.
Que por vezes, me cegou,
E confundiu meu coração.
Me deixando sem ação,
Sem saber o que fazer.

Tão delicada é a tua pele.
Que muitas vezes quis tocá-la.
Lhe admirava a distância.
Sem que pudesse notar.
E ardia em desejo,
No silêncio, a te olhar.

Meu sangue fervia em tua presença.
Me despertando um lado desconhecido.
Feroz, faminto e preciso.
Que só se revelava para você.
Diferente, estranho, mas bonito.

Muitas vezes quis gritar.
Ou sussurrar no teu ouvido.
Tudo o que está aqui dentro de mim.
Acuado, escondido.
Cada um dos meus desejos,
Dos meus sonhos e conflitos.
Mas tenho medo de dizer, porque para nós é proibido.

Então me calo da ação não cometida.
Do crime que me levaria à prisão.
Fico assim, no silêncio, desejando...
Almejando, de mim mesma, meu perdão.

As palavras me fogem dos lábios.
Os gestos me fogem das mãos.
Não sei o que digo ou faço.
Tudo talvez, seja em vão.

Talvez não saiba...
E por mim, jamais saberá.
Sempre desejei lhe ter.
Num breve espaço de amar.

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